Uma outra denúncia contra Wesley Costa dos Santos, foragido desde 14 de março de 2025, após ser condenado por lesão corporal e ameaça, revela o terror imposto pelo falso policial a mulheres em Manaus. Uma segunda vítima, que preferiu não se identificar por medo de represálias contra si e seus filhos, falou ao CM7 sobre os abusos sofridos. “Ele dizia que iria jogar meu corpo no meio da estrada e que ninguém nunca ia me encontrar”, relatou, descrevendo as ameaças que acompanhavam os espancamentos brutais. Wesley, que se apresentava como detetive e carregava simulacros de arma de fogo, está sendo procurado pela polícia após aterrorizar ao menos cinco mulheres.
A vítima anônima contou que conheceu Wesley em um momento de vulnerabilidade e logo percebeu seu comportamento violento. “Ele me batia por qualquer coisa, às vezes sem motivo. Depois me ameaçava com aquele simulacro, dizendo que ia me matar e sumir com meu corpo”, disse, ainda abalada. Segundo ela, o agressor mantinha um ciclo de abusos que durava meses antes de partir para outra vítima, sempre se valendo da falsa identidade de policial para intimidar. “Ele falava que a polícia não podia com ele, que era intocável”, acrescentou. O medo a fez esconder sua identidade, mas a coragem de denunciar veio ao saber de outras mulheres na mesma situação, como Talita Aguiar, que também expôs o criminoso.
Wesley foi condenado pelo Juizado Especializado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Maria da Penha) em 14 de março, após atacar uma ex-namorada em 26 de junho de 2024. Na ocasião, movido por ciúmes, ele a estrangulou, jogou ao chão e ameaçou matá-la com um simulacro de arma, dizendo: “Se eu te matar agora, resolvo todos os meus problemas”. Apesar das medidas protetivas concedidas, ele continuou perseguindo a vítima, o que levou o juiz Rafael da Rocha Lima a decretar sua prisão preventiva, fundamentada nos artigos 311, 312 e 313, III, do Código de Processo Penal. Desde então, ele segue foragido, intensificando o pavor de suas vítimas.